segunda-feira, 25 de abril de 2011

A LENDA DO FIO VERMELHO





O fio vermelho do destino ou fio vermelho é uma lenda chinesa.
De acordo com este mito, os deuses amarram uma corda vermelha invisível ao redor dos tornozelos dos homens e mulheres que estão destinados a ser a alma gêmea um do outro.

Segundo a lenda chinesa, a divindade a cargo do "fio" acredita-se ser Xia Lao Yue (muitas vezes abreviado para "Yuelao" , o antigo deus lunar casamenteiro, que é também responsável por casamentos.




"Um fio invisível conecta os que estão destinados a conhecer-se independentemente do tempo, lugar ou circunstância.
O fio pode esticar ou emaranhar-se mas nunca irá partir."

- Uma antiga crença chinesa.

A lenda , desde então, também se tornou um mito popular na cultura japonesa e de outras culturas da Ásia Oriental.
 

A LITERATURA CHINESA





A literatura chinesa faz parte de uma das tradições mais antigas da história da literatura mundial. 

Provavelmente, de acordo com os características peculiares do idioma chinês, a literatura chinesa não sofreu influências das literaturas estrangeiras.

Os documentos mais importantes que marcam a literatura chinesa são: o Livro Canônico dos Documentos (Chu-King), provavelmente tendo sua primeira publicação em 2.400 a.C; Primavera e Outono (Tchuntsin), livro cuja autoria é atribuída a Confúcio (ou Kung-Zi); Memórias Históricas (Chi-Ki), constituindo esta obra um dos mais vastos escritos históricos da China; e o Livro dos Versos (Chi-King).

Os principais escritores chineses foram Lao-Tsé, Confúcio, Mug-Tsé, Tu-Fu, Pohku-i, Se-kong-tu e Li-tai-pe.




PAN KU

 


As forças subjacentes a tudo o que existe no universo chinês são o Yin e o Yang. 

São opostos, mas coexistem num delicado equilíbrio: mutuamente dependentes, mas complementares. 

E eles estavam contidos dentro de um ovo cósmico gigantesco que chocava no vazio caótico primordial, junto a Pan Ku.




Com um machado, Pan Ku quebra o ovo ao meio: o leve Yin eleva-se e forma os céus com parte da casca e o pesado Yang afunda com a outra metade e se torna a terra.


 

Por 18 mil anos, trabalhou na criação, usando martelo e formão, ajudado apenas por um dragão, uma fênix, um unicórnio, um tigre e uma tartaruga. Ao morrer, tudo que era Pan Ku mesclou-se ao novo mundo:








  • seu hálito transformou-se no vento;
  • seus olhos, no sol (esquerdo) e na lua (direito);
  • sua voz, o trovão;
  • seu corpo, os relevos;
  • seu sangue, os rios;
  • seus pelos, a vegetação;
  • seus ossos, as rochas;
  • seu suor caiu como chuva; e
  • todos os seres de seu corpo - de bactérias a pulgas - povoaram a terra como animais e humanos.

O então considerado ser primordial chinês é também chamado de Pan Gu

Também é comparado a Hoen-Tsin, o caos primordial que gerou o ovo cósmico, mas parecem ser seres distintos.

De acordo com um mito chinês, Hoen-Tsin cresceu 30km por dia durante 11,5 mil anos, até que ficou maior do que universo e morreu. 

Sua morte teria sido o estopim para Pan Ku quebrar o ovo cósmico. 


 

BUDA KUAN YIN





Kuan Yin (Kwan Yin, Guan Yin ou Guanyin) é uma divindade chinesa vinda da Índia que representa a misericórdia e a compaixão, que se reflete em todos os Budas.

Acredita-se que ela era filha de um rei que a obrigou a se casar com um príncipe por poder. Mas Kuan Yin decidiu ir para um convento, onde aperfeiçoaria as práticas espirituais. 
 
Inconformado com a decisão da filha, o rei pediu às monjas que fossem duras com ela para ver se Kuan Yin desistiria do intento. 
 
A jovem percorreu o mundo e viu muita dor, mas manteve suas convicções. E o rei jamais a perdoou. 
 
Já velho e doente, mandou chamá-la. Generosa, curou-o com um toque de mão.
 
Além disso, Kuan Yin fez o voto de não ingressar no Nirvana ("paraíso") enquanto um só ser do universo precisasse de sua ajuda.
 
Ela vive, então, na ilha P'u T'o Shan, onde ouve todas as preces. 
 
Todos sabem o quanto ela é doce, sutil e poderosa. Somente a menção de seu nome alivia o sofrimento e as dificuldades e, por isso, é adorada em centros de cura (algumas imagens da deusa possuem a mão removível para que esta seja colocada sobre os enfermos).

Conta-se que a jovem segunda esposa de um comerciante chinês maltratou e humilhou a primeira mulher de seu marido, uma devota de Kuan Yin. 
 
O desgaste foi tanto que a esposa morreu. Revoltado, seu filho jurou vingança e, anos mais tarde, viu-se diante da situação ideal para matar sua madrasta.
 
Quando se lançou sobre a mulher, esta murmurou o mantra de Kuan Yin, que tantas vezes escutou a primeira esposa proferir.
 
Imediatamente, o filho foi imobilizado por uma força invisível.
 Sob o impacto do poder da deusa, o jovem saiu correndo e desistiu para sempre da idéia. 
 
E a madrasta, consciente de que não merecia ajuda, teve uma mudança radical de atitude, procurando reparar antigos erros e reconhecendo a grande generosidade da deidade.

Algumas vezes é chamada de "Capitã do Barco da Salvação", guiando as almas ao Paraíso Oeste de Amitabha, a Terra Pura, a terra das bençãos, onde as almas podem renascer para continuar recebendo instruções até alcançar a iluminação e a perfeição. Por essa razão, também é a padroeira dos viajantes.

Por mais que suas primeiras representações taoístas tenham sido masculinas, Kuan Yin é associada às características femininas de maternidade e proteção (seu nome significaria "a mulher que houve os lamentos do mundo"), e é também adorada por casais sem filhos que desejam conceber. 
 
Protege mulheres e crianças, e sua simplicidade gera clemência e fraternidade universal aos seus devotos e ao seu redor.

Kuan Yin é representada com um dragão em uma flor de lótus, os mais antigos símbolos de espiritualidade, sabedoria, força e poderes divinos de transformação. 
 
 
Algumas vezes, é representada como uma figura muito armada, tendo em cada mão um símbolo cósmico diferente ou expressando uma posição ritual específica (mudras). 
 
Frequentemente, suas mãos formam o Yoni Mudra, que simboliza o útero (princípio feminino universal) como a porta de entrada para este mundo. 
 
Os símbolos mais associados a Deusa são, portanto, o lótus branco, o vaso de néctar da longa vida e da felicidade (ou orvalho doce), um pássaro branco, o mar e os peixes, o salgueiro e a pedra (ou pérola) que realiza todos os desejos.

O coreógrafo chinês Zhang Jigang criou uma apresentação de dança para permitir ao público contemplar a "Kuan Yin de Mil Braços" em comemoração ao Ano Novo Chinês.
 
A dança foi apresentada por 21 dançarinas surdas integrantes da "Companhia de Arte Performática Chinesa de Deficientes Físicos." 
 
Posicionadas numa longa fila, as bailarinas conseguem dar aos espectadores a ilusão de que os movimentos de seus múltiplos braços e pernas pertencem à figura de uma única deusa. 
 


No Vietnã, é conhecida como Quan'Am;
no Japão, é Kannon
no Tibete, Tara;
e em Bali, Kanin
Na mitologia grega, é associada a Ártemis e, 
no Catolicismo, é associada a Virgem Maria.